terça-feira, dezembro 17, 2013


Saiu Egas Moniz no seu labirinto (2)


Dirigida a estudiantes y público en general interesado en la historia, mediante un abordaje extenso e inclusivo nos muestra las caras menos consideradas hasta ahora del biografiado sin descuidar sus dimensiones como político, intelectual, empresario y científico. La multitud de aspectos inherentes al personaje (aludiendo tanto a su relieve como a su construcción), su presencia en momentos y asuntos clave de la ciencia e historia portuguesa, reclamaban el compromiso del investigador con la complejidad, con el camino más difícil de reconstruir al individuo desde todas las posibles perspectivas, sin sesgos previsibles ni complacencias.

 

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Saiu Egas Moniz no seu labirinto (1)


 


Com Egas Moniz no seu labirinto conclui-se a primeira fase de debate e reflexão que este blog se propôs. O livro foi editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra neste final de ano (ver aqui).

quinta-feira, junho 07, 2012



BOOK LAUNCH



Psychosurgery. The Birth of a New Scientific Paradigm
Egas Moniz and the Present Day

Zbigniew Kotowicz



With:
Zbigniew Kotowicz
António Barros Veloso
Manuel Correia
Nuno Nabais
Fábrica do Braço de Prata, Lisboa
Sexta-feira, dia 8 de Junho, às 21.30h

This book deals with the theory that mental illness is an illness of the brain. With the advent of psychosurgery the theory entered the experimental stage; now the era of direct intervention in the brain for the purpose of alleviating mental troubles could begin. The introduction of psychosurgery brought about a rearrangement in epistemological rules and a new structure of authority within the psychiatric profession. Egas Moniz’s conviction that mental illness could be treated through experimenting directly on the brain has been extended to include electrical, laser and deep brain stimulation, and today pharmacology is presented as a precisely targeted chemical intervention in the brain. These are backed by the very same argument that Moniz advanced: such experimentation will increase our knowledge of how the brain functions and this, in turn, will lead to more precise, rapid and effective interventions. A programme of psychiatry understood as experimentation with the brain follows rules that are different from the way psychiatry was practised before the advent of psychosurgery. In this sense, it is a new paradigm.

The conviction that mental illness is a sign of a malfunctioning brain leads to a call for merging psychiatry and neurology. The author argues that this is conceptually incoherent, and he does so by demonstrating that the reason psychiatry and neurology are distinct is because, from the medical point of view, their terrains are different and because they pose different sets of methodological, epistemological and philosophical questions. The author also argues that the new vision of a unified neurology and psychiatry is clinically damaging.

Zbigniew Kotowicz

Zbigniew Kotowicz spent some fifteen years as a clinical psychologist and psychotherapist, mostly with R.D.Laing’s Philadelphia Association. Subsequently, in 1993, he took a doctorate in philosophy at the University of Warwick, writing a thesis entitled Gaston Bachelard: Multiplicity, Movement, Well-Being. He was Wellcome Research Fellow in the History of Medicine in the Department of History, Goldsmiths College, University of London between 2002 and 2005 and remained in the College until 2009. He is a member of CFCUL and a recipient of POS-DOC grant for the project Gaston Bachelard.  A Theory of the Subject and Epistemological Thought (Studies of Atomism). He is head of the Centre’s internal project Bachelard: Science and Poetics. 

sábado, dezembro 10, 2011

Mais um livro acerca de Egas Moniz e da Psicocirurgia


Vai sair a público o livro de Zbigniew Kotowicz Psychosurgery. The birth of a New Scientific Paradigm. Egas Moniz and the present day.

O livro traz a chancela da editoras Fim de Século e do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, onde o autor trabalha atualmente.

Trata-se de um trabalho que parte do exame da psicocirurgia, com incursões muito interessantes na biografia de Egas Moniz, para questionar em profundidade os objetivos que a psiquiatria biológica se propõe ao partir do princípio que a "doença mental é uma doença do cérebro".

Voltaremos em breve à discussão de algumas das questões abordadas nesta obra.

Parabéns ao autor.



terça-feira, outubro 04, 2011

Conversa Inacabada (1)


The Guardian apresenta a seguinte anotação:


Não adianta assobiar para o lado. Por uma razão ou por outra, Egas Moniz, a leucotomia pré-frontal ( por extensão a lobotomia frontal), e o Prémio Nobel de 1949 vêm à conversa ciclicamente. Quanto maior o défice de conhecimento acerca da matéria mais abismados ficaremos de cada vez que o assunto for tratado internacionalmente...

quarta-feira, junho 08, 2011

O Cérebro e os Encontros de Lindau



O Scientific American, celebra a 61ª edição dos encontros de Lindau, na Alemanha, publicando na sua edição online parte de um artigo do nobelizado em 1981 David H. Hubel a propósito do cérebro.
Eis um excerto:
At the present stage, with a reasonable start in understanding the structure and working of individual cells, neurobiologists are in the position of a man who knows something about the physics of resistors, condensers and transistors, and who looks inside a television set. He cannot begin to understand how the machine works as a whole until he learns how the elements are wired together and until he has at least some idea of the purpose of the machine, of its subassemblies and of their interactions.

sábado, abril 30, 2011

Egas Moniz. Uma biografia.

JOÃO LOBO ANTUNES - «Egas Moniz merecia dois prémios Nobel»

João Lobo Antunes, autor da mais recente biografia de Egas Moniz.
Ver entrevista ao Jornal de Notícias onde sustenta que Moniz deveria ter ganho não um mas dois prémios Nobel.  Ver também [aqui] recensão da obra publicada no .

terça-feira, março 22, 2011

Mais um artigo acerca da lobotomia, na PsichCentral

A PsichCentral editou mais um artigo acerca da história da lobotomia: The surprising history of lobotomy da autoria de Margarita Tartakowsky. Quem estiver interessado em lê-lo, poderá ir por aqui.

domingo, março 13, 2011

Produção Bibliográfica acerca de Egas Moniz (1)

A bibliografia acerca de Egas Moniz, produzida nas últimas duas décadas, apresenta características singulares. Em primeiro lugar, regista valores marginais entre 1990 e 1998, e entre 2001 e 2010, acusando, em contrapartida, uma produção inusitada, com mais de metade do total dos textos publicados, nos anos de 1999 e 2000, sendo que este pico coincide com o calendário das comemorações, em 1999, do 50º aniversário da atribuição do Prémio Nobel.

Gráfico 1 ─ Textos publicados entre 1990 e 2010 acerca de Egas Moniz. Distribuição das ocorrências em percentagem(*).

Confirma-se aparentemente a tese da frágil inscrição de Egas Moniz na cultura portuguesa. A intermitência das suas aparições mais significativas produz-se sob o comando dos dispositivos encenadores de efemérides, precedidas e sucedidas por eclipses duradouros.

(*)Amostra bibliográfica dos textos mais significativos acerca de Egas Moniz, publicados nas últimas duas décadas (1990-2010). Obtivemos 126 ocorrências que se distribuem temporalmente de acordo com o gráfico. A amostra inclui 19 livros, 40 capítulos em livros, 35 artigos em revistas especializadas, 31 peças jornalísticas e 1 artigo online. Os idiomas são o Português (115), o Inglês (10) e o Francês (1). [Lista Completa Aqui]

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Quando as fontes mentem (3)




O jornalista cuja mensagem reproduzimos no poste anterior - Luís Silvestre - , apesar de não nos ter dado uma resposta satisfatória à questão colocada ao seu director, a saber, quais as fontes em que se baseou para afirmar o contrário do que aconteceu, espraiou-se, em vez disso, por considerações acerca de qual poderia ter sido a verdadeira razão por detrás do Prémio Nobel concedido a Egas Moniz.

Para tal, socorreu-se do teor de uma entrevista ao neurologista Alexandre Castro Caldas, por uma lado e, por outro, da recente biografia de João Lobo Antunes, Egas Moniz, uma biografia*.

Indo ao essencial, chamo a atenção para o facto de ambos os neurologistas conhecerem os resultados de (pelo menos) uma das investigações realizadas nos arquivos da Fundação Nobel que revelou ter o Comité sempre  (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) negado à Angiografia Cerebral a importância requerida para a atribuição do prémio.

Logo, é altamente inadequado citá-los como "fonte" de uma interpretação que continua sem dar resposta à questão inicialmente levantada.

* ANTUNES, João Lobo – Egas Moniz, uma biografia. 1ª ed. Lisboa: Gradiva, 2010, 375 p, ISBN 978-989-616-398-3.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Quando as fontes mentem (2)


Egas Moniz, por Miguel*

Pedimos à Revista Sábado que nos indicasse a(s) fonte(s) em que se baseou para contrariar a evidência histórica de Egas Moniz ter recebido o Prémio Nobel pela Leucotomia e não pela Angiografia, como o texto referido no poste anterior afirma.

A resposta chegou-nos há pouco. Vem assinada pelo jornalista Luís Silvestre e reza assim:


Caro Sr. Manuel Correia,
Obrigado pela sua mensagem. A questão que coloca é pertinente e, como autor do texto, cabe-me esclarecer a sua objecção. Em rigor, o prémio Nobel da medicina e fisiologia foi atribuído a Egas Moniz pelo seu trabalho pioneiro (e agora muito polémico, como também é referido no artigo) relacionado com a leucotomia pré-frontal (por vezes designada genericamente como lobotomia).
No entanto, vários historiadores e investigadores da biografia do médico português referem que o prémio foi o culminar de várias nomeações anteriores (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) principalmente devido ao desenvolvimento de técnicas inovadoras de angiografia. Só a última foi devida ao seu trabalho relativo à leucotomia, precisamente a que lhe deu o Prémio, mas muitos peritos acreditam que foi apenas um pretexto do comité Nobel para premiar o trabalho de uma vida.
Especialistas como o neurologista Alexandre Castro Caldas, que eu entrevistei algumas vezes defendem isso mesmo: “O Nobel não lhe foi dado pela terapêutica, mas pelo avanço do conhecimento”, como referiu ainda recentemente numa entrevista à RTP. Também há indicações nesse sentido na recente biografia de Egas Moniz, do neurologista João Lobo Antunes, editado pela Gradiva, onde se percebe a forte campanha de marketing (com os meios da época e em grande medida instigada pelo próprio Egas Moniz), para que lhe fosse atribuído o Nobel pelo trabalho que desenvolveu ao longo de toda a vida.
Claro que o texto seria mais exacto e correcto se referisse todos estes pormenores. Mas por uma questão de economia de espaço, tal não foi possível. Por esse lapso, as minhas desculpas.
Cordialmente,
Luís Silvestre (jornalista)

Deixo para outro poste um comentário a esta resposta. Para já registo-a aqui para que os eventuais interessados possam entender a relação do texto acerca de Egas Moniz, publicado na revista Sábado, e o modo como a justificação é apresentada no mail do seu autor.

___________________________________________________________

sexta-feira, novembro 19, 2010

Quando as fontes mentem (1)

[click sobre a imagem para aumentá-la]

Na sua edição de ontem (18/11/2010) a revista SÁBADO, (edição em papel) em suplemento intitulado Os melhores hospitais doença a doença, publica, na página 17, o apontamento histórico que aqui reproduzimos. A intenção é louvável; o resultado é lamentável. O Prémio Nobel atribuído a Egas Moniz não se deveu à Angiografia Cerebral mas sim à Leucotomia Préfrontal. Gostaríamos de saber, apesar de tudo, quais terão sido as fontes utilizadas. Sempre poderíamos aprender mais qualquer coisa…