Retrato de Egas Moniz
sábado, abril 30, 2005
Bibliografia sobre Egas Moniz (5)
Retrato de Egas Moniz
Bibliografia sobre Egas Moniz (4)
Egas Moniz em Livre Exame
sexta-feira, abril 08, 2005
Bibliografia sobre Egas Moniz (3)
Bibliografia sobre Egas Moniz (2)
«Os anos vão passando, o mundo social sofre sucessivas e cada vez mais violentas crises que obrigam o pensamento a um novo ajustar às realidades, e Egas Moniz continua no mesmo posto, como em velha fortaleza granítica, resistindo a toda a orientação da psiquiatria dos últimos decénios na esteira psicológica e sociológica, e que nos parece, para uma mais clara compreensibilidade, não poder deixar de ser estreitamente relacionada com a evolução geral das nossas sociedades.»
J. Seabra Dinis “Alguns aspectos da personalidade de Egas Moniz” in Anais Portugueses de Psiquiatria, Vol. II, nº 2, Agosto de 1950 (Edição do Hospital Júlio de Matos, Lisboa), p. 7.
quarta-feira, abril 06, 2005
Bibliografia sobre Egas Moniz (1)
«De começo, [em Coimbra] resistiu Egas Moniz à pressão ambiental. Em tempos de estudante, chegou a chefiar um pequeno agrupamento político de oposição à avassaladora torrente que dominava a grande maioria da juventude da época. E um pouco mais tarde, já professor, mas ainda no curso da Monarquia, foi eleito deputado pelo Partido Progressista.
Pela posição política que tomara, a que a contextura ideológica iniciada na infância não poderia ser estranha, já em si se manifestava a força quase indómita da personalidade, procurando impor-se às circunstâncias, sem se deixar arrastar passivamente na levada. Mas esta era demasiado poderosa e Egas Moniz, sintónico de temperamento, tinha mergulhado bem dentro dela para poder escapar. Nos últimos anos da Monarquia abandonou o partido em que tinha enfileirado para acompanhar o movimento cisionista de Alpoím, que passou a formar então, escreve ele em “Um ano de política”, “ o grupo mais avançado da Monarquia, que, ao lado dos republicanos, muito concorreu para a transformação que veio a operar-se na política portuguesa”.
Algum tempo depois adere à República. O peso da formação ideológica inicial não pode, porém, ser alijado com a mesma facilidade da carga do vapor. Prendem-no fortes raízes, intrínsecas e extrínsecas, que não é muito fácil cortar.
E no interior de si próprio vão agora manifestar-se, mais poderosas, duas forças de certo modo contraditórias, a raiz progressiva e a conservativa, que ele procura conciliar, colocando-se, de modo irrealista, numa aresta intermédia, que se traduz, no ponto de vista político, pela criação, em 1917 do Partido Centrista que dirigiu.»
J. Seabra Dinis “Alguns aspectos da personalidade de Egas Moniz” in Anais Portugueses de Psiquiatria, Vol. II, nº 2, Agosto de 1950 (Edição do Hospital Júlio de Matos, Lisboa), p. 6.
quarta-feira, março 23, 2005
Short notes (1)
When I was 18, (1967) the democratic militants against the dictatorship of Salazar heralded the example of Egas Moniz as a national hero mistreated by the fascist regime. The image of Egas Moniz had been appropriated by the democrats trying to show that the highest exponents of culture, art and science, were supporters of the democratic camp. It stroked me deeply and I promised my self to do something in order to understand how could it be possible. Following the political description I figured an isolated scientist developing a hard work in an unfavourable environment. His successful work increased my curiosity. In spite of all the difficulties he had reached, the main goal that every scientist could aspire: to see his work recognized and applauded all around the world.