quarta-feira, março 16, 2005

A controvérsia (2)





Christine Johnson, norte-americana, parente de uma senhora lobotomizada, organizou um «Memorial dos Lobotomizados» no seu site Psychosurgery.org. Liderou uma campanha exigindo ao Comité Nobel a «desnobelização» de Egas Moniz. Representa uma visão dolorosa e radical na abordagem histórica desta temática. Criou igualmente um blog com o mesmo nome do site, onde acompanha questões relacionadas com psiquiatria e saúde mental.

A controvérsia (1)

 


Leucotomia pré-frontal e Prémio Nobel


No site Nobel Prise.org pode ler-se um artigo de Bengt Jansson, professor de Psiquiatria no Karolinska Institutet de Estocolmo. Descontando algumas imprecisões de carácter biográfico, vale a pena lê-lo e conhecer, em linhas gerais, o que pensa acerca da génese, enquadramento histórico e avaliação da leucotomia pré-frontal, bem como da atribuição do Prémio Nobel a Egas Moniz.

segunda-feira, março 14, 2005

Referências recentes (3)




 Simas Machado (1859 - 1927)

No blogue Cartas Portuguesas, de Luís Bonifácio, vão sendo afixadas notas biográficas de um dos muitos homens da República que aderiram ao sidonismo, cruzando-se, portanto, com Egas Moniz. Para além deste particular, vale a pena visitar o blogue e ler numerosas outras notas biográficas e de contextualização histórica. Parabéns ao Luís Bonifácio e obrigado pelo link apontado aqui para o Egas Moniz.

domingo, março 06, 2005

Referências recentes (2)


Colégio de São Fiel

Depois da escola de Pardilhó, a educação de Egas Moniz prosseguiu no Colégio Jesuíta de São Fiel, graças ao empenho do seu tio abade. Fala-se hoje no DN do «risco de alienação» que impende sobre o velho edifício (ver notícia aqui). Para quem esteja interessado numa curta resenha biográfica sobre o criador da Angiografia Cerebral, pode dar uma espreitadela aqui.

quarta-feira, março 02, 2005

Referências recentes (1)


Egas Moniz, jovem Doutor

No Abrupto, Pacheco Pereira, a propósito das «Memórias da Biblioteca Pública Municipal do Porto», evoca a atracção exercida pelo livro cujo texto foi baseado na tese de doutoramento de Egas Moniz.
«O livro proibido que estava nos “reservados” e que era mais popular na leitura era a Vida Sexual de Egas Moniz.» (ver aqui)

No Blog Digitalis...


Blog Digitalis

Nos arquivos do blog Digitalis, de Maria Helena Roque, um texto intitulado «As Viagens científicas de Egas Moniz (1874-1955).Prémio Nobel de Medicina e Fisiologia 1949» (ver aqui) apresenta, em sequência, aquilo a que se poderia chamar a «estratégia de internacionalização» do inventor da Angiografia Cerebral.
Para além da autoria do texto mencionado, é também autora de uma tese de mestrado versando acerca de Egas Moniz - Roque, Maria Helena Neves., (2002), Positivismo e visibilidade na obra de Egas Moniz (1874-1955), Tese de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Secção Autónoma de Ciências Sociais Aplicadas .
Para além disso, vale a pena visitar o Digitalis e fruir uma escrita equilibrada e talentosamente ilustrada, distribuída, segundo a própria autora, por:
1. Apontamentos criativos/esboços literários. 2. Reflexões sobre filosofia e estética. 3. Estudos de história e filosofia da neurologia, psiquiatria e questões de género.

Aproveito o ensejo para lhe agradecer a inclusão de um link apontado para o «Egas Moniz»

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

O político na sombra do cientista



Egas Moniz (EM), neurologista, político, ensaísta nascido em Avanca em 1874, era oriundo de família de nobreza agrária, proprietários rurais enfrentando grandes dificuldades financeiras. Após período de grande escassez de recursos, empreenderá um trajecto social ascendente que o situará na classe alta, na transição da Monarquia para a República, por via do curso universitário, do envolvimento político e da especialização médica. Dedicar-se-á também, mais tarde, ao empresariado agro-industrial com relativo sucesso. Tinha um sentido agudo das diferenças sociais e partilhava com muitos dos seus correlegionários republicanos e da dissidência progressista aquilo a que Hermínio Martins chama o “complexo iluminista”. É importante, para compreender a auto-representação de EM, descortinar como se atribui a si próprio uma predestinação de carácter místico que atravessa toda a sua narrativa, reservando-se sempre um papel de esclarecedor de auditórios e líder de grupos destacado de entre os melhores. Reunindo elementos relevantes quer do político, quer do cientista, damos conta [em artigo que pode ser lido aqui ] do que nos parece serem as três principais tendências de representação histórica de EM, discutindo dois dos mais apelativos enigmas monizianos - o político e o periférico - avançando uma hipótese de integração.