terça-feira, outubro 04, 2011

Conversa Inacabada (1)


The Guardian apresenta a seguinte anotação:


Não adianta assobiar para o lado. Por uma razão ou por outra, Egas Moniz, a leucotomia pré-frontal ( por extensão a lobotomia frontal), e o Prémio Nobel de 1949 vêm à conversa ciclicamente. Quanto maior o défice de conhecimento acerca da matéria mais abismados ficaremos de cada vez que o assunto for tratado internacionalmente...

quarta-feira, junho 08, 2011

O Cérebro e os Encontros de Lindau



O Scientific American, celebra a 61ª edição dos encontros de Lindau, na Alemanha, publicando na sua edição online parte de um artigo do nobelizado em 1981 David H. Hubel a propósito do cérebro.
Eis um excerto:
At the present stage, with a reasonable start in understanding the structure and working of individual cells, neurobiologists are in the position of a man who knows something about the physics of resistors, condensers and transistors, and who looks inside a television set. He cannot begin to understand how the machine works as a whole until he learns how the elements are wired together and until he has at least some idea of the purpose of the machine, of its subassemblies and of their interactions.

sábado, abril 30, 2011

Egas Moniz. Uma biografia.

JOÃO LOBO ANTUNES - «Egas Moniz merecia dois prémios Nobel»

João Lobo Antunes, autor da mais recente biografia de Egas Moniz.
Ver entrevista ao Jornal de Notícias onde sustenta que Moniz deveria ter ganho não um mas dois prémios Nobel.  Ver também [aqui] recensão da obra publicada no .

terça-feira, março 22, 2011

Mais um artigo acerca da lobotomia, na PsichCentral

A PsichCentral editou mais um artigo acerca da história da lobotomia: The surprising history of lobotomy da autoria de Margarita Tartakowsky. Quem estiver interessado em lê-lo, poderá ir por aqui.

domingo, março 13, 2011

Produção Bibliográfica acerca de Egas Moniz (1)

A bibliografia acerca de Egas Moniz, produzida nas últimas duas décadas, apresenta características singulares. Em primeiro lugar, regista valores marginais entre 1990 e 1998, e entre 2001 e 2010, acusando, em contrapartida, uma produção inusitada, com mais de metade do total dos textos publicados, nos anos de 1999 e 2000, sendo que este pico coincide com o calendário das comemorações, em 1999, do 50º aniversário da atribuição do Prémio Nobel.

Gráfico 1 ─ Textos publicados entre 1990 e 2010 acerca de Egas Moniz. Distribuição das ocorrências em percentagem(*).

Confirma-se aparentemente a tese da frágil inscrição de Egas Moniz na cultura portuguesa. A intermitência das suas aparições mais significativas produz-se sob o comando dos dispositivos encenadores de efemérides, precedidas e sucedidas por eclipses duradouros.

(*)Amostra bibliográfica dos textos mais significativos acerca de Egas Moniz, publicados nas últimas duas décadas (1990-2010). Obtivemos 126 ocorrências que se distribuem temporalmente de acordo com o gráfico. A amostra inclui 19 livros, 40 capítulos em livros, 35 artigos em revistas especializadas, 31 peças jornalísticas e 1 artigo online. Os idiomas são o Português (115), o Inglês (10) e o Francês (1). [Lista Completa Aqui]

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Quando as fontes mentem (3)




O jornalista cuja mensagem reproduzimos no poste anterior - Luís Silvestre - , apesar de não nos ter dado uma resposta satisfatória à questão colocada ao seu director, a saber, quais as fontes em que se baseou para afirmar o contrário do que aconteceu, espraiou-se, em vez disso, por considerações acerca de qual poderia ter sido a verdadeira razão por detrás do Prémio Nobel concedido a Egas Moniz.

Para tal, socorreu-se do teor de uma entrevista ao neurologista Alexandre Castro Caldas, por uma lado e, por outro, da recente biografia de João Lobo Antunes, Egas Moniz, uma biografia*.

Indo ao essencial, chamo a atenção para o facto de ambos os neurologistas conhecerem os resultados de (pelo menos) uma das investigações realizadas nos arquivos da Fundação Nobel que revelou ter o Comité sempre  (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) negado à Angiografia Cerebral a importância requerida para a atribuição do prémio.

Logo, é altamente inadequado citá-los como "fonte" de uma interpretação que continua sem dar resposta à questão inicialmente levantada.

* ANTUNES, João Lobo – Egas Moniz, uma biografia. 1ª ed. Lisboa: Gradiva, 2010, 375 p, ISBN 978-989-616-398-3.