Finalmente, Victor Oliveira fez algo que, apesar de legítimo, não é de todo compreensível.
A figura de Barahona Fernandes, nesta obra de Vitor Oliveira, não é incluída no grupo dos próximos de Egas Moniz. Nem valoriza o facto de Barahona Fernandes ter sido o autor da primeira biografia estruturada - “Egas Moniz: pioneiro dos descobrimentos médicos” - nem o respaldo teórico que deu ao Mestre, tentando justificar as “alterações da personalidade” supervenientes desde as primeiras Tentativas Operatórias - valem a Victor Oliveira um traço de mínima constatação.
É estranho. Tanto mais que Moniz costumava reconhecer que pretendia com a leucotomia uma intervenção de caráter psiquiátrico. A cirurgia ao serviço da psiquiatria, dizia ele, e atrás dele seguiram muitos psiquiatras. Outros opuseram-se, fundamentadamente, desde o início. Na minha modesta opinião, a história não deve lembrar uns e esquecer outros.
A história tem que encontrar lugar para todos.
Se não, deixa de ser história.
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