Muito obrigado a Vieira Pinto pela foto da capa do livro de Egas Moniz “A Vida Sexual” e pela anotação que juntou à mensagem que me enviou:
“Quando o que é (era) proibido passa (passou) por muitas mãos, fica neste estado. Bom sinal!”
Há, na história da recepção deste livro, uma série de desafios à compreensão de como fomos encarando e pensando as problemáticas sexuais, desde finais do século XIX. Esta edição de 1904 separa ainda a 1ª parte - “Physiologia”, - em edição autónoma, da 2ª parte - “Patologia”, - que virão a ser reunidas num só volume a partir de 1913. Um verdadeiro best seller, para a época, polémica, desafiadora dos interditos puritanos e sexófobos, foi objecto de 19 edições até 1933. O regime fascista veio a condicionar a sua circulação, colocando obstáculos e filtros elitistas à sua leitura ou aquisição. Já aqui nos referimos, de passagem, a alguns desses aspectos. Ver, p.ex., [aqui] e também [aqui].
Suma Bibliográfica
«A Vida Sexual» (Fisiologia), 1ª edição, XXIV - 262 pp., Coimbra 1901, 2ª edição, XIX - 352 pp., Lisboa, 1906.
«A Vida Sexual» (Patologia), 1ª edição, XXIII - 324 pp., Coimbra 1901, 2ª edição, XXVII - 322 pp., Lisboa, 1906
«A Vida Sexual», (Fisiologia e Patologia), Junção dos dois volumes anteriores, consideravelmente alterados em alguns capitulos. 3ª edição, XIV - 544 pp., Lisboa, 1913; 4ª edição, XXIX - 574 pp., Lisboa, 1918; 5ª edição, XXVI - 578 pp., Lisboa, 1922; 6ª edição, XXXVI - 578 pp., Lisboa, 1923; 7ª edição, Lisboa, 1928; 8ª edição, Lisboa, 1930; 9ª edição, Lisboa, 1930; 10ª; 11ª; 12ª e 13ª edição, 598 pp., Lisboa 1931; 14ª; 15ª; 16ª e 17ª edição, Lisboa, 1932; 18º e 19º edição Lisboa, 1933.