Saiu Egas Moniz no seu labirinto (2)
terça-feira, dezembro 17, 2013
Saiu Egas Moniz no seu labirinto (2)
segunda-feira, dezembro 16, 2013
quinta-feira, junho 07, 2012
Psychosurgery. The Birth of a New Scientific Paradigm
Egas Moniz and the Present Day
With:
Zbigniew Kotowicz
António Barros Veloso
Manuel Correia
Nuno Nabais
Fábrica do Braço de Prata, Lisboa
Sexta-feira, dia 8 de Junho, às 21.30h
The conviction that mental illness is a sign of a malfunctioning brain leads to a call for merging psychiatry and neurology. The author argues that this is conceptually incoherent, and he does so by demonstrating that the reason psychiatry and neurology are distinct is because, from the medical point of view, their terrains are different and because they pose different sets of methodological, epistemological and philosophical questions. The author also argues that the new vision of a unified neurology and psychiatry is clinically damaging.
Zbigniew Kotowicz
Zbigniew Kotowicz spent some fifteen years as a clinical psychologist and psychotherapist, mostly with R.D.Laing’s Philadelphia Association. Subsequently, in 1993, he took a doctorate in philosophy at the University of Warwick, writing a thesis entitled Gaston Bachelard: Multiplicity, Movement, Well-Being. He was Wellcome Research Fellow in the History of Medicine in the Department of History, Goldsmiths College, University of London between 2002 and 2005 and remained in the College until 2009. He is a member of CFCUL and a recipient of POS-DOC grant for the project Gaston Bachelard. A Theory of the Subject and Epistemological Thought (Studies of Atomism). He is head of the Centre’s internal project Bachelard: Science and Poetics.
sábado, dezembro 10, 2011
Mais um livro acerca de Egas Moniz e da Psicocirurgia
O livro traz a chancela da editoras Fim de Século e do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, onde o autor trabalha atualmente.
terça-feira, outubro 04, 2011
Conversa Inacabada (1)
quarta-feira, junho 08, 2011
O Cérebro e os Encontros de Lindau
sábado, abril 30, 2011
Egas Moniz. Uma biografia.
terça-feira, abril 12, 2011
terça-feira, março 22, 2011
Mais um artigo acerca da lobotomia, na PsichCentral
domingo, março 13, 2011
Produção Bibliográfica acerca de Egas Moniz (1)
segunda-feira, janeiro 10, 2011
Quando as fontes mentem (3)
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Quando as fontes mentem (2)
Egas Moniz, por Miguel*
sexta-feira, novembro 19, 2010
Quando as fontes mentem (1)
terça-feira, novembro 16, 2010
Como ganhar um Prémio Nobel: algumas sugestões
terça-feira, novembro 02, 2010
A 1ª República, os médicos, a saúde e o corpo
terça-feira, outubro 12, 2010
Prémio Nobel da Medicina ou Fisiologia de 2010
Robert G. Edwards |
segunda-feira, outubro 11, 2010
A Medicina na Azulejaria (*)
quarta-feira, agosto 11, 2010
Mataram o Sidónio (4)
Azevedo Neves e Egas Moniz
terça-feira, agosto 10, 2010
Mataram o Sidónio (3)
O diálogo Azevedo Neves – Egas Moniz estabelece-se à saída do cemitério do Alto de S. João, após o funeral da mulher de Asdrúbal d’Aguiar, vítima da pneumónica. Asdrúbal ocupava então o cargo de Director interino do Instituto de Medicina Legal, na ausência de Azevedo Neves. Tinha sido, também, discípulo de Egas Moniz. À mesma hora, realizavam-se, a caminho do Panteão Nacional, as cerimónias fúnebres de Sidónio Pais. Egas Moniz estranha que Azevedo Neves, membro do Governo de Sidónio, não esteja lá a prestar-lhe as suas últimas homenagens.
A conversa afigura-se interessante e profunda, em redor dos limites do conhecimento científico, do espiritismo e da metafísica, mas há três aspectos que poderiam equivocar o leitor historicamente incauto.
1º) Egas Moniz era, tal como Azevedo Neves (a quem parece admoestar pela ausência das exéquias fúnebres de Sidónio), membro do mesmo Governo, sobraçando a Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Era, portanto, no Governo de Sidónio, colega de Azevedo Neves. Qual o sentido da chamada de atenção de Egas Moniz a Azevedo Neves? Estaria Moniz a ser irónico? Aperceber-se-ia que ao contar ali dois membros do Governo de Sidónio, estava também a assinalar a solidão política a que votavam o antigo chefe? De qualquer modo este aparecimento de Egas Moniz desligado da política, mesmo na hipótese de um registo irónico, é inconsistente. Porquê?
2º) Porque a afinidade política de Egas Moniz com Azevedo Neves vinha muito de trás. Ambos tinham militado nas fileiras do Partido Progressista, - monárquicos, pois; ambos tinham sido iniciados na Maçonaria - maçons, pois; ambos tinham aderido ao Partido Nacional Republicano (vulgo: Partido Sidonista) – correligionários, pois. O aparente distanciamento de Egas Moniz das coisas da res publica é habitual no registo biográfico que o próprio Egas Moniz se esforçou por impôr, mas não corresponde à verdade dos factos, pelo menos até à queda do Governo de José Relvas, em que Azevedo Neves já não entrou, mas no qual Egas Moniz ainda continuou na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros.
3º) O narrador, a dado passo, tentando evitar a monótona repetição dos nomes dos personagens, trata Egas Moniz por “cirurgião”. O deslize não tem gravidade e explica-se provavelmente pela ideia difusa no silogismo comum: se Egas Moniz ganhou o prémio Nobel graças à leucotomia pré-frontal, que consistia numa neurocirurgia, logo Egas Moniz era cirurgião. Na verdade, Egas Moniz era neurologista (talvez até neuropsiquiatra) mas não era cirurgião.
Estas anotações não deslustram em nada a interessantíssima narrativa de Moita Flores. São apenas uma manifestação de desconforto de um leitor ex fabula.
Egas Moniz, Azevedo Neves e Moreira Júnior terão ainda alguns lances comuns nos anos seguintes. A eles voltaremos mais tarde.