Egas Moniz ao Panteão Nacional (2)
Luís de Camões (1525-1580), Pedro Álvares Cabral (1468-1526),
Infante Dom Henrique (1394-1460),Vasco da Gama (1469-1524), Afonso de
Albuquerque (1453-1515), Nuno Álvares Pereira (1360-1431).
E junta-lhe os "seus" mortos
Sidónio Pais (1872-1918), Óscar Carmona
(1869-1951),
e acrescenta alguns que tinham já sido objeto de determinações da 1ª República
Teófilo Braga (1843-1924), Almeida Garrett (1779-1854), Guerra Junqueiro (1850-1953), João de
Deus (1830-1896).
Alexandre Herculano (1810-1877), Manuel de Arriaga (1840-1917), entre outros, foram preteridos.
O propósito político-ideológico de autopromoção parece evidente. O historiador Damião Peres e os restantes membros da comissão que elaborou a proposta sabiam perfeitamente da existência do primeiro Nobel português. Simplesmente os seus tempos, ideais, considerações acerca da cultura e das ciências eram muito diferentes dos que nós suspeitamos prevalecerem nos dias de hoje.
Portanto, poder-se-ia dizer que na primeira oportunidade que surgiu, Egas Moniz, que fechara os olhos cerca de 11 anos antes, político do sidonismo, homem de cultura e ciência galardoado com o prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1949, foi rejeitado ou, pelo menos, não foi considerado "elegível".
O Estado Novo meteu lá quem quis. Moniz ficou no esquecimento.
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